stazione6

 

 

SEXTA ESTAÇÃO
Jesus é flagelado e coroado de espinhos

 

 

V/.Nós te Adoramos Senhor Jesus Cristo e Te bendizemos.
R/.Porque pela tua Santa Cruz redimistes o Mundo.

 

 

Evangelho segundo São Lucas 22, 63-65

 

 

Entretanto, os que guardavam Jesus troçavam d’Ele e maltratavam-n’O. Cobriam-Lhe o rosto e perguntavam-Lhe: «Adivinha! Quem Te bateu?» E muitos outros insultos proferiam contra Ele.

 

 

MEDITAÇÃO

 

 

Um dia, enquanto caminhava pelo vale do Jordão, não distante de Jericó, Jesus parou e dirigiu aos Doze palavras fervorosas e incompreensíveis aos seus ouvidos: «Olhai, subimos agora a Jerusalém e cumprir-se-á tudo quanto foi escrito pelos profetas acerca do Filho do Homem. Vai ser entregue aos gentios, vai ser escarnecido, maltratado e coberto de escarros; e, depois de O açoitarem, dar-Lhe-hão a morte»(14). Mas aquelas palavras resolvem o seu enigma: no pátio do pretório, a sede jerosolimitana do governador romano, inicia o lúgubre ritual da tortura, acompanhado de fora do palácio pela multidão que espera o espetáculo do cortejo da execução capital.

 

 

Naquele espaço proibido para o público se consuma um gesto que será repetido nos séculos de mil formas sádicas e perversas, na obscuridade de tantas prisões. Jesus não é somente açoitado mas também é humilhado. Aliás, o evangelista Lucas para definir aqueles insultos usa o verbo «blasfemar», revelando de modo alusivo o significado profundo daquele desabafo dos guardas enfurecidos sobre a vítima. Mas na martirizada carne de Cristo se associa igualmente uma afronta à sua dignidade pessoal através de uma farsa macabra.

 

 

É o evangelista João quem recorda aquele ato sarcástico, ritmado sobre um jogo popular, o do rei do ridículo. Eis, de facto, uma coroa cujos esplendores são ramos de espinhos; a púrpura real é substituída por um manto vermelho; e, finalmente, a saudação imperial, «Ave, César!». Porém, em dissolução a este escárnio, se entrevê um sinal glorioso: sim, Jesus è humilhado como rei do ridículo; mas, na realidade ele é o verdadeiro soberano da história.

 

 

Quando finalmente revelará a sua realeza – como nos recorda um outro evangelista, Mateus (15) – ele condenará todos os torturadores e os opressores e introduzirá na glória não apenas as vítimas mas também todos os que visitaram quem estava no cárcere, cuidaram dos feridos e dos sofredores, sustentaram os famintos, os sedentos e os perseguidos. Agora, porém, o rosto transfigurado mostrado no Tabor (16) está desfigurado; aquele que è «irradiação da glória divina» (17) está obscurecido e humilhado; como tinha anunciado Isaias, o Servo messiânico do Senhor tem o dorso sulcado pelos flagelos, a barba arrancada das faces, o rosto regado de escarros (18). Nele, que é o Deus da glória, está presente também a nossa humanidade dolente; nele, que é o Senhor da história, se revela a vulnerabilidade das criaturas; nele, que é o Criador do mundo, se condensa a dor de todos os seres vivos.

 

 

Todos

 

 

Pai nosso…

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