25 Jun 2018
São Guilherme de Vercelli, monge (+1142)
Imagem do santo do dia

Nasceu pelo ano 1085 em Vercelli (norte de Itália), como indica o seu nome. Poucas coisas sabemos do seu nascimento e infância, mas sim da sua juventude e mocidade como um prodígio de mortificação e de dom de milagres.

Ele costumava dizer aos monges que procuravam imitar a sua vida e queriam segui-lo para todas as partes: "é necessário que mediante o trabalho das nossas mãos procuremos sustento para o nosso corpo, para as roupas (mesmo humildes) e para poder socorrer os pobres. Todavia isso não nos deve ocupar todo o dia, devemos encontrar tempo suficiente para dedicá-lo ao cuidado da oração com a qual obtemos a nossa salvação e a do nossos irmãos".

AÍ' estava sintetizada a vida que levava e a que queriam viver igualmente aqueles que o acompanhavam.

Quando ainda era um mancebo, fez uma peregrinação a Santiago de Compostela, algo que era muito popular no seu tempo e que quase todos os cristãos faziam. Mas ele fê-la de modo extraordinário: carregou-se de correntes, que quase não podia arrastar pelo seu grande peso, e apenas comia um pouco. Um dia chegou às portas de uma casa de campo e começou a desfalecer. A despeito disso falou ao dono da mesma, que parecia ser um valente cavaleiro: "Senhor, estas correntes estragam-se continuamente e trazem-me muitas honras porque são vistas por todos. Não serias tão bom que me desses uma armadura para cingir ocultamente as minhas carnes e um capacete para a minha cabeça?" Dito e feito. Guilherme saiu da presença daquele cavaleiro com grande esforço, já que muito dificilmente podia caminhar com tanto ferro e com as dores enormes que este proporcionava. De regresso a Palermo, o rei Rogério que tinha ouvido falar das imensas maravilhas daquele raro peregrino, sentiu um enorme desejo de o ver.

Na corte contavam-se historietas brejeiras sobre a sua pessoa e cada um zombava dele e dizia a seu propósito as coisas mais raras e inverosímeis. Naquela corte havia uma mulher que chamava a atenção pela sua vida desonesta e ela ao ouvir falar da santidade do peregrino disse a todos os membros da corte: "Eu vos prometo que farei cair esse homem nas minhas redes de lascívia". Vestiu-se bem e foi ao seu encontro. O santo homem recebeu-a com muita simpatia e teve com ela uma grande conversa a ponto da dama pensar que o tinha conquistado para o pecado. Assim voltou contente para a corte e contou a sua vitória. Mas tinha ficado combinado que voltaria à noite para estar com ele. O santo peregrino convidou-a, tomou-lhe o braço e disse-lhe: "Vem e deita-te comigo neste leito nupcial". Então ele estendeu as brasas de uma grande fogueira que tinha preparado e deitou-se sobre elas. A pobre mulher, que se chamava Inês, ficou envergonha e começou a chorar ao ver que o fogo não queimava o servo de Deus. Fez penitência, abraçou a vida religiosa e morreu santamente.

No Monte Vergine fundou um célebre mosteiro e purificou a corte e os palácios de tantos pecados que se cometiam. Príncipes e lavradores, homens e mulheres abandonavam a sua má vida e seguiam o seu exemplo de tudo deixai- para seguir a Jesus Cristo.

Desde este Monte Sagrado, que agora se chama como nos tempos de São Guilherme, Monte da Virgem, o nosso Santo continuava exercendo uma grande influência por meio da sua oração e vida de sacrifício. Cheio de méritos, morreu a 25 de Junho de 1142.