18 Ago 2019
Santa Helena, mãe do Imperador Constantino (+329)
Imagem do santo do dia

Nasceu Helena numa pobre casinha de Deprano, na Nicomédia, sob o poder dos césares de Roma. Era pobre mas muito linda. A sua juventude certamente não foi entre flores e carinhos, já que se via obrigada a limpar a casa e a fazer a comida para os pais e irmãos.

Helena era pagã, como pagãos eram os pais, mas adornavam a sua alma um cúmulo de virtudes que a predispunham a receber, quando chegasse a hora, a graça do Evangelho. Ela via com olhos horripilantes aquelas perseguições tão sangrentas contra os pobres cristãos, só por não pertencerem à religião romana. eram bons, simples, trabalhadores, honrados, não se metiam com ninguém. «Porquê matá-los?» - interrogava-se Helena.

Quando tinha já uns vinte anos, ou pouco mais, aconteceu que passou junto dela o brilhante general Constâncio Cloro, que era de família nobre e muito estimado pelo Imperador Maximino. Enamoraram-se e casaram. Fruto daquele casamento nascia, a 27 de Fevereiro de 274, em Naissus, Dardânia, o futuro e grande general e Imperador Constantino. Tudo corria bem até que a 1 de Março de 293 houve uma grande mudança na vida de Helena: Diocleciano e Maximino nomeiam como Césares dos seus respectivos remos Galério e Constâncio. Ao último obrigam-no, para isso, a repudiar Helena e a casar com a enteada de Maximino. Como o poder e a arrogância não têm limites, Constâncio faz isto. A pobre Helena fica sem amparo, uma vez que até o próprio filho, o que mais amava na vida, o levou o pai para que o acompanhasse nas investidas militares.

A vida de Helena durante este tempo é de meditação, de vida exemplar e de obras de caridade, se bem que ainda não conheça a religião cristã.

A 25 de Junho de 305 morre Constâncio Cloro. Acompanha-o o filho Constantino. Eusébio de Cesareia conta o milagroso evento:

Durante a batalha de Saxa Rubra, pelo entardecer, viu Constantino como que uma espécie de bandeira, onde se via pintada uma cruz donde saíam raios de luz e um letreiro que dizia: «Com este sinal vencerás». Este espetáculo viu-o todo o exército que estava com o general. Pela noite, em sonhos, aparece a Constantino o mesmo prodígio. Manda fazer um estandarte como lhe fora indicado. Dá início à batalha. À frente segue o estandarte milagroso e a vitória de 28 de Outubro de 312 foi um fato No monte Mílvio fica derrotado Maxêncio e Constantino entra em Roma corno único imperador.

Santa Helena talvez, quando isto sucedeu já fosse cristã. Ela foi assimilando pouco a pouco a sublimidade da fé cristã e abraçou-a em cheio e por ela lutou com denodo toda a sua vida. Seu filho, embora tenha lutado muito pela e tensão da fé cristã e a ele se deva o Edito de Milão, pelo qual era permitida a religião cristã, parece que apenas recebeu o batismo na hora da morte.

A Santa Helena se atribui também a história ou lenda da Invenção da Santa Cruz. Tanto era o amor que sentia por Jesus Cristo que não podia suportar que este instrumento da nossa salvação per¬manecesse - depois de quatro séculos - enterrado e não dignamente venerado pelos cristãos. E já com setenta anos dirigiu-se a Jerusalém, para descobrir o paradeiro da Santa Cruz. E.. .a sua fé deu com ela ao realizar-se, por meio deste bendito Lenho, o milagre de curar repentinamente uma mulher moribunda.

Realizados os seus desejos, voltou a Roma ao lado de seu filho e ajudou-o a dar o passo definitivo para se fazer cristão. Santa Helena passou santamente os últimos dias da vida até adormecer no Senhor, no ano de 329.

Oração da Santa Helena

Ó Deus, que concedestes a Santa Helena, mãe de Constantino, Imperador de Roma, a graça da piedade cristã e das resolutas atividades em pról da Verdade Histórica da fé, dai-me, a mim também, ser sempre ativo e trabalhador pela causa do Evangelho. Santa Helena, rogai por nós.