14 Ago 2018
São Maximiliano Kolbe, Presbítero e mártir (+1941)
Imagem do santo do dia

São Maximiliano Kolbe nasceu em 1894 em Zduska-Wola, na Polônia central. Tinha grande devoção à Virgem e ficará conhecido como o Cavaleiro da Imaculada. Todos os anos ia em peregrinação a Czestchowa, onde se venera a Virgem Negra de Jasna Gora, a doce Padroeira da Polônia. Uma vez, sendo criança, vi.u a Virgem que lhe oferecia duas coroas de rosas: uma branca, a da castidade, e outra vermelha, a do martírio. Com o tempo aceitaria, feliz, as duas coroas.

Vestiu o hábito franciscano em Lwow. Estudou em Cracóvia e em Roma. Em Roma foi ordenado sacerdote e celebrou a sua primeira missa em Sto. André delle Fratte, no altar da Conversão, onde a Virgem Maria apareceu ao judeu convertido Afonso Maria Ratisbona. Mais uma graça mariana.

Regressado à Polônia, junta uma grande atividade a uma profunda vida interior. A devoção mariana impregnava a sua vida. «Tudo pela Imaculada!», dizia. Funda a Milícia da Imaculada, que se estende muito. Edita o jornal O Cavaleiro da Imaculada. E adquire tal volume a sua publicação que construiu com grande complexo, perto de Varsóvia, em Niepkalanow, «A Cidade da Imaculada», para facilitar a difusão. Quando, mais tarde, passar vários anos como missionário no Japão, criará ali até uma tipografia.

O Pe. Kolbe estava maduro nos planos de Deus... A sua liberdade apostólica incomodava os nazistas que ocupavam a Polônia desde 1939. O P. Kolbe é preso e percorre vários campos de concentração. A 28 de Maio de 1941 é transferido para Auschwitz (em polaco, Oswiecim), a 60 quilômetros de Cracóvia. Na triste lista de Dachau, Buchenwald, Treblinka, Mathausen, Bergen-Belsen... Auschewitz passava por ser o mais terrível dos ager nazis. Foi chamado o Campo da Morte, e, segundo o Papa João Paulo II, «o grande Gólgota do mundo contemporâneo».

Em finais de Junho de 1941 fugiu um prisioneiro. A fuga era castigada com a morte de dez companheiros no «bunker da fome». O chefe do campo, Frisch, coloca-os em filas. Dez pagarão com a morte a evasão do companheiro. É assinalado um de cada fila. O n° 5.659, Francisco Gajownicek, exclamou: «Ai! Que será agora da minha mulher e dos meus filhos?».

O Pe. Kolbe não hesitou. Tinha-se-lhe apresentado o momento cume da sua vida. Passar das palavras às obras. Dar a vida pelo irmão. Deu um passo em frente, que seria irreversível. Ante o pasmo de todos, coloca-se diante de Fritsch e diz: «Ofereço-me para morrer, no lugar deste pai de família. Sou sacerdote católico». Fritsch dá o seu acordo - para ele o homem não era mais do que um número e ordena a troca do 5.659 pelo 16.670, que era o núrrrero do Pe. Kolbe. Uma calafrio perpassou por todos.

O guarda que os encerrou, disse-lhes sarcasticamente: «Ali murchareis como tulipas». Só a presença voluntária do Pe. Kolbe, doce e calma, representava algum alívio no bunker da morte. Rezava com eles, cantava salmos, confortava-os e preparava-os para uma boa morte.

Depois de três semanas tinham morrido todos. Exceto o Pe. Kolbe, que continuava vivo, apoiado à parede, murmurando orações. Mas a sua presença incomodava-os. No dia 14 de Agosto, o enfermeiro injetou-lhe um dose de ácido muriático para acelerar a morte. E partiu para o céu a celebrar a festa da Assunção.

Paulo VI beatificou o P. Kolbe em 1971. Houve na beatificação um testemunho de exceção: o ex-sargento Francisco Gajowniczek, por quem o Santo tinha realizado o ato supremo de oferecer a sua vida.

O Pe. Kolbe foi canonizado por João Paulo II a 10 de Outubro de 1982.

Oração a São Maximiliano, mártir da caridade

São Maximiliano, na esqualidez de Auschwitz,
Tu trouxeste amor à vida de teus companheiros de prisão,
Espalhaste sementes de esperança em meio ao desespero
E ofereceste ao mundo o testemunho de que “Só o amor cria”.
Ajuda-me a tornar-me parecido contigo.
Faze que contigo, com Maria, com a Igreja,
também a minha vida proclame que “Só o amor cria”.
Faze que aos famintos, aos oprimidos, aos sem-teto,
aos abandonados e aos desesperados
eu saiba levar a força invencível do amor de Cristo
que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Amém.