13 Jun 2018
Santo Antônio de Lisboa, Presbítero e Doutor (+1231)
Imagem do santo do dia

"O Santo de todo o mundo" chamava-lhe o Papa Leão XIII. E não exagerava, porque Santo António é, sem dúvida alguma, o Santo mais popular da Igreja. Porém, sobretudo, é venerado pelas pessoas humildes que sabem descobrir nele a ajuda e o exemplo para os problemas diários mais simples.

Bem podia o Papa Pio XII, em 1946, ao declará-lo Doutor da Igreja, felicitar Portugal por ter oferecido ao mundo esta magnífica flor e a Pádua por tê-lo recebido e acolhido na sua terra onde realizou toda a espécie de prodígios. Mas qual é a razão da fama de Santo António? O mesmo Pio XII o declarava ao afirmar que esta fama lhe vinha "pela santidade de vida, pela insigne fama dos milagres e pelo esplendor da doutrina... Através dela iluminou e continua a iluminar agora todo o universo..."

Nasceu em Lisboa e foi-lhe dado o nome de Fernando com o qual será conhecido até aos dezoito anos. Quando ingressa na ordem seráfica muda o nome para António.

Os seus pais chamavam-se Martinho Bulhões e Teresa Taveira. Foram eles os responsáveis pela educação simples e cristã do filho.

Aos 15 anos entregou-se a uma vida de fervor religioso e estudo consciente. Os cônegos regulares de Santo Agostinho forjaram aquela inteligência e modelaram tanto aquele coração que soube amar a Deus e às criaturas. Estudou primeiro em Lisboa e depois na cidade de Coimbra. Enquanto estava nesta cidade presenciou a chegada do corpo dos cinco primeiros mártires franciscanos, mortos em Marrocos pela sua fé em Jesus Cristo. Fernando sentiu um apelo muito forte no coração para o martírio tal como aqueles corajosos religiosos. Assim, dirige-se rapidamente à portaria dos frades menores, no convento de Santo António dos Olivais e diz ao Padre Guardião apressadamente: "Padre, se prometerdes enviar-me à terra dos mouros, peço-vos que me deis o vosso hábito".

Era no verão de 1220. António tem 25 anos. O seu noviciado foi breve mas bem aproveitado. Assimila as virtudes e a regra do Pai São Francisco. O Padre Guardião sabe que deve cumprir a promessa feita a António de o enviar quanto antes para terra dos mouros e assim acontece na primavera de 1221. Chegado a Marrocos, uma doença obriga-o a voltar a Portugal, mas uma tempestade arrasta a embarcação até à Sicília e aí desembarcam. O seu encontro com São Francisco foi digno de ficar gravado para sempre na história franciscana. O Serafim de Assis chamava-lhe carinhosamente "meu bispo". Ordena que ensine teologia com estas palavras: "Ao meu querido irmão António, saúda em Cristo o irmão Francisco: Parece-me que deves ler aos frades a teologia, contanto que, por demasiado estudo, não apagues em ti nem neles o fervor e o espírito da santa oração, conforme ordena a Regra".

Entrega-se a pregar pela Itália e pela França. Durante dez anos leva a mensagem a todas as partes e confirma-a com estrondosos milagres ao ponto de chegar a ser o maior taumaturgo de todos os tempos.

Falava a todos os homens, aos pássaros e aos peixes. Estes obedeciam e cantavam as glórias do Criador. Mereceu ser canonizado no ano da sua morte e é conhecido como o "Doutor angélico"; "o Santo dos milagres"; "A Arca do Testamento" e o "Santo de todo o mundo".

No dia 13 de Junho de 1231, com as palavras "Já vejo Deus", partia para a eternidade.

Oração a Santo Antônio

Lembrai-vos, ó grande santo Antônio, que o erro, a morte, as calamidades, o demônio, as doenças contagiosas, fogem por vossa intercessão. Por vós, os doentes recobram a saúde, o mar se acalma, as cadeias dos cativos quebram-se, os estropiados recobram os membros, as coisas perdidas voltam a seus donos. Os jovens e os velhos que a vós recorrem são sempre ouvidos. Os perigos e as necessidades desaparecem. Cheio de confiança, dirijo-me a Vós. Mostrai hoje vosso poder e obtende-me a graça que desejo…………. (citar a graça)

Amém.