10 Jun 2021
Santa Margarida da Escócia, Rainha (+1093)
Imagem do santo do dia

Santa Margarida, rainha da Escócia, nasceu em 1045 na Hungria. Pertencia a linhagem real, quer da parte do pai, quer da mãe. Era descendente de santos. Unia as famílias reais da Hungria, Inglaterra e Escócia.

Era de natureza bondosa, inteligente, caritativa e piedosa. Uma virtude sobressaía sobretudo: a sua grande caridade para com os necessitados. Era muito cumpridora e seguia com rigor o conselho de São Paulo: "examinar todas as coisas e reter o bom". Na sua vida existiu muito de bom, mas não lhe faltaram igualmente as provas e as dificuldades. A Providência Divina dirigiu sempre os seus passos.

Foi filha do príncipe Eduardo de Ultramar e de Agueda que era neta, esposa e mãe de reis. Os seus pais, excelentes cristãos, educaram-na em conformidade com a sua estirpe real e nos princípios da doutrina de Jesus Cristo. Todavia, sendo ainda criança - talvez pelo ano de 1055 - passou a habitar em Inglaterra, em cuja corte continuou a receber a mesma esmerada educação, porque aqueles reis eram igualmente exemplares e cristãos. Era rei de Inglaterra, o seu tio Eduardo, chamado O confessor, que morreu em 1066. Pouco antes tinha falecido o próprio pai, o príncipe Eduardo de Ultramar. A pobre Margarida deve ter sofrido com a perda destes entes tão queridos. A Providência vai amadurecendo o seu espírito para outras provas ainda mais atrozes.

Tinha sido coroado rei de Inglaterra o seu irmão Eduardo, quando sobreveio a invasão do normando Guilherme, o Conquistador que destronou o jovem rei. A família real, sofre toda a espécie de vexames. A mãe, Agueda, toma os seus três filhos: Eduardo, Margarida e Cristina, e foge numa embarcação até ao continente. Não sabemos se foram empurrados por alguma tempestade. A verdade é que acostaram nas terras da Escócia. Tudo foi orientado pela Divina Providência, já que esta foi a ocasião do rei ficar surpreendido com a bondade e beleza da princesa Margarida e de a convidar para esposa e rainha. O Breviário Romano dizia "o rei Malcom III ficou fascinado pelos ilustres dotes de Margarida". Margarida não opôs resistência, visto o rei ser bom cristão e gozar de boa reputação.

Margarida, uma vez coroada rainha da Escócia, entregou-se inteiramente ao governo do palácio e à educação dos seis filhos, que o Senhor lhe concedeu. Amou ternamente o marido e foi sempre o seu braço direito. O rei sabia manejar extremamente bem o aço das espadas e cavalgar, mas nada conhecia a nível dás letras e da cultura. Por isso, recorria sempre à rainha, de modo que era ela que dirigia os destinos complexos da nação. O rei ambua ternamente, e, como bom cristão, foi sempre fiel e cumpridor de quanto mandava a lei de Jesus Cristo.

O palácio de Dunfermline parecia mais um mosteiro que um palácio ou, melhor, um hospital de enfermos e inválidos, já que todos aí encontravam guarida. Margarida soube educar tão bem os filhos que a quase totalidade elegeu o caminho da perfeição evangélica.

O mesmo aconteceu com a mãe e a irmã Cristina. Margarida presidiu a Concílios e assembleias cristãs. Fundou Igrejas e dotou de abundantes dotes muitas fundações de caridade. Por todas as partes difundia o bem sem distinção de pessoas...

A dura prova que lhe faltava chegaria no final da vida. O marido e o filho Eduardo, o primogênito, foram assassinados com vilania por um inimigo inglês. Margarida chorou a desgraça mas permaneceu fiel a Deus que assim a provava. Morreu cheia de méritos no dia 16 de Novembro de 1093.