09 Out 2019
São Luis Beltrão, presbítero (+1581)

Na Colômbia professa-se grande devoção a este santo considerado como o grande apóstolo, o que levou àquelas terras a fé em Jesus Cristo.

O Século de Ouro de Espanha produziu uma pleiade de santos e sábios. Entre os primeiros conta-se o santo que hoje celebramos.

Nasceu em Valência no dia 1 de Janeiro de 1526, na plenitude do reinado de Carlos V. O seu pai era notário do reino de Valência e gozava de grande prestígio na cidade do Turia. Luís tinha recebido o temperamento aventureiro e divertido do seu tempo. É muito amigo das leituras e retém tudo o que lê. Procura imitar tudo o que ouve e o que lê. É normal que tivesse recebido uma digna educação como correspondia à sua classe. Os pais não regateiam meios para que o filho se forme na ciência e na virtude.

Emulando o que pouco antes - uns anos nada mais - fizeram dois irmãozitos - Teresa e Rodrigo - mas sem conhecer o fato, o nosso protagonista sai de casa e quer dirigir-se para Santiago de Compostela, uma vez que tinha ouvido que àquelas terras se dirigem os peregrinos em busca de dar graças ao Senhor.

O mesmo que aos dois irmãos castelhanos lhe sucedeu a ele: um familiar, ao vê-lo longe de casa, obriga-o a voltar ao lar paterno. A repreensão do pai não o amedronta, uma vez que, passados poucos anos, voltará a aventuras deste gênero. Agora já não será peregrinar a Santiago o fim que se propõe, mas o convento dos padres dominicanos, cuja vida quer abraçar. Inteira-se o pai e corre ao convento para convencer os superiores a que não admitam o filho uma vez que a sua saúde precária não lhe vai permitir a observância da Regra. Nesta ocasião também se vê obrigado a voltar à casa paterna.

Passa o tempo e ele continua a formar-se e a recusar as propostas do pai que espera dele um bom casamento e a toga de advogado. São outros os caminhos do Senhor. Passados alguns anos, volta de novo ao convento sem permissão do pai. Já é maior. O Pe. Prior, Pe. João Micó, vendo em tanta insistência a vontade de Deus veste-lhe o hábito. O seu pai corre ao convento mas a insistência de Luís e dos próprios superiores que o defendem, conseguem o consentimento paterno. Quando estava para morrer aquele teimoso pai, era ver como se sentia feliz ao contemplar o seu filho vestido com o hábito branco e preto de São Domingos de Gusmão dizendo-lhe com sinceridade: «meu filho, uma das coisas que nesta vida me deu mais pena foi ver-te frade; e o que hoje me consola mais é que o sejas".

Foi no dia 26 de Agosto de 1544 que vestiu o hábito dominicano. No ano seguinte começaria o célebre Concílio de Trento em que os seus irmãos de hábito tantas energias gastarão em prol da fé de Jesus Cristo.

Durante o noviciado bem cedo deu mostras do que seria o seu futuro: entrega-se em cheio à sua formação, à oração e à penitência. É modelo para todos e em tudo. Muitos se fixam nele. E a Regra viva.

Em 1547 tem a imensa alegria de ser ordenado sacerdote. Esperam-no os cargos de Prior e Mestre de Noviços, mal foi ordenado sacerdote. Tantas qualidades vêem nele os superiores. Trabalha com uma entrega sem par. É a admiração dos companheiros e estranhos.

Mas naquela época estavam na ordem do dia os problemas de Hispano-América e para lá embarca em Sevilha no ano de 1562. Ainda falta um ano para acabar o Concílio de Trento. Nova Granada, como se chamava então a atual Colômbia,será o seu campo de ação. A Divina Providência tinha-lhe preparado um amplo campo. O que ali trabalhou é indizível. Esgotado, volta a Espanha e voa para o céu no dia 9 de Outubro de 1581 nos braços de São João de Ribera que era seu familiar.

Oração a São Luis Beltrão

Como devoção e prerrogativa o Padre S. Luis Beltrão curava todas as enfermidades, agora peço a Deus Nosso Senhor, por Sua misericórdia, que cure (Nome do doente) da enfermidade de que padece. Criatura de Deus, eu te curo e bendigo em nome da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, três pessoas distintas e uma só verdadeira, da Virgem Maria, Nossa Senhora, concebida sem mancha original e pela glória de Santa Gertrudes, onze mil virgens, S. Roque e S. Sebastião, por todos os Santos e Santas da Corte Celestial; pela Gloriosíssima Encarnação, Gloriosíssimo Nascimento e Gloriosíssima Ascensão de Jesus Cristo e pelos santíssimos mistérios em que creio firmemente e são verdades do Santo Evangelho. Suplico à Tua Divina Majestade, Senhor, pondo por interventora a Santíssima Mãe e advogada nossa, para que livres e cures esta aflita criatura (nome do doente) de (citar a doença) e de outra qualquer enfermidade que seja.

Amém!