São Firmino era filho do senador Firmo e de Eugenia, e nasceu em Pampelon, hoje Pamplona. «Sobre a Jacetânia, para o norte, habitam os vascos, em cujo território se encontra Pampelón», escreveu Estrabão.
Contam velhas hagiografias que Firmo e Eugenia era pagãos, pois o cristianismo ainda não tinha penetrado naquelas terras. Dirigiam-se um dia ao templo de Júpiter para oferecer sacrifícios, quando se encontraram com um estrangeiro que pregava a doutrina de Jesus Cristo.
Firmo e Eugenia, impressionados, convidaram o estrangeiro para sua casa. Chamava-se Honesto e explicou-lhes que vinha de Tolosa, enviado pelo santo bispo Saturnino, discípulo dos apóstolos, para pregar a fé de Jesus Cristo. Firmo e Eugenia ficaram comovidos e atraídos pela doutrina cristã. Manifestaram a Honesto o seu desejo de conhecerem Saturnino.
Saturnino acedeu, veio a Navarra, evangelizou mais de quarenta mil pessoas, entre elas Firmo, Fausto e Fortunato, os três primeiros magistrados de Pamplona. Uma das tarefas prediletas, a que se dedicou com todo o afã foi a de formar cristãmente a alma privilegiada do filho Firmino.
Logo de seguida Firmo e Eugenia enviaram Firmino a Tolosa, pondo-o sob a direção de Honorato, bispo e sucessor de Saturnino. Quando o encontrou bem formado e preparado, Honorato ordenou-o de presbítero, e logo, apesar da oposição de Firmino, consagrou-o bispo de Pamplona, sua cidade natal.
O zelo de Firmino em terras de Navarra realizava com o do antecessor Saturnino. Perante a sua vibrante palavra, os templos pagãos com os seus ídolos arruinavam-se e o território enchia-se de fervorosos cristãos. E eram tantos os milagres que operava que os gentios de Navarra e das Gálias chegaram a venerá-lo como se tratasse de um deus...
As Gálias sofriam agora uma forte perseguição, e ao conhecer o entusiasmo do jovem bispo de Pamplona, reclamaram-no. Firmino acudiu com gosto, indiferente aos perigos, e até com ânsias de martírio. Percorreu Auvérnia, Angers, Anjou, e a Normandia, despertando, em toda a parte, grande admiração.
Dirigiu-se depois à região de Beauvais, onde o prefeito Valério perseguia cruelmente os cristãos. Firmino foi encarcerado. Ao morrer Valério, Firmino ficou em liberdade. lmediatamante pôs-se de novo e sem medo a pregar Jesus Cristo. Isto encheu de admiração muitos pagãos que se converteram ao cristianismo e construíram muitas igrejas.
Percorreu depois a Picardia, entrou nos Países Baixos, chegando a Amiens. Era irreprimível o entusiasmo de pregar Jesus Cristo. A sua fé continuava a operar grandes milagres. As conversões multiplicavam-se.
O pretor de Amiens assustou-se com a popularidade de Firmino. Chamou-o à sua presença. Maravilhado com a sua doutrina e com as respostas que dava, deixou-o em liberdade. Depois, perante a insistência de Firmino em pregar Jesus Cristo, encarcerou-o. O povo indignou-se, pois venerava-o como um santo. Mas o prefeito não fez caso. Mandou-o degolar secretamente no cárcere.
Um tal Faustiniano, convertido por São Firmino, atreveu-se a resgatar o cadáver, e trasladou o corpo daquele grande devoto de Maria para uma igreja que o mesmo Santo tinha dedicado a Nossa Senhora em Amiens. Ali o celebram os fiéis no dia 25 de Setembro. Em Pamplona, no dia 7 de Julho. «Sete de Julho, São Firmino» saudar os irmãos da Santa, e a Mamã Assunta, sentada num cadeira de rodas.
Era a primeira vez que uma mãe presenciava a canonização da própria filha. Alexandre acompanhou a cerimônia de Ascoli... Quatro anos depois, Mamã Assunta iria juntar-se à sua Marietta no céu.
Oração do dia: São Firmino
Ó Deus, nosso Pai, ficai conosco, dirigi-nos cada passo, inspirai-nos sentimentos de coragem e fortaleza. Mostrai-nos vossa face amiga e encorajadora, para que possamos continuar firmes, superando pela fé todas as dificuldades e perigos. Amém.