E interessante recordar o que este santo bispo escrevia da prisão de Escitópolis, na Frígia, por volta do ano 356: «Começamos com a ajuda do Senhor a servir de novo os necessitados... Mas a sua crueldade não conseguiu resistir e converteram o nosso amor para com eles em ódio da sua parte... Apenas o suportaram durante vinte e cinco dias, e, enfurecidos novamente, com um numeroso grupo de sicários armados de paus, invadiram o nossos refúgio, e, partindo muros, chegaram até junto de nós. Dali me levaram para me meter numa nova prisão mais estreita, onde ape.nas me acompanhou o queridíssimo presbítero Tegrino. Aos outros irmãos, presbíteros e diáconos, apanharam-nos e encerraram-nos durante três dias, para depois os espalharem pelo deserto. Aos irmãos que vinham visitar-me encerraram-nos durante muitos dias na prisão pública. Feito isto, voltaram ao nosso refúgio anterior e destruíram tudo o que tínhamos comprado para nossa alimentação e para os pobres».
Parece que era oriundo da Ilha da Sardenha e pertencia a uma família nobre que lhe deu uma educação digna, como correspondia à sua classe. Aprofundou-se nos estudos profanos primeiro e depois nos eclesiásticos. A sua juventude foi como a de qualquer outro jovem da sua idade e condição, mas procurando sempre evitar o perigo que ordinariamente atinge a juventude. Dizem os seus biógrafos que nunca perdeu o lírio da pureza e que passava largos espaços de tempo entregue à oração. Era, já de muito jovem, amigo. da vida de comunidade, coisa que depois procurará implantar entre os sacerdotes da sua diocese.
O próprio Papa São Marcos quis ordená-lo sacerdote no ano de 336. Os anos de sacerdote passou-os por um lado a aprofundar os estudos naquilo que hoje chamaríamos «formação permanente», e por outro entregue ao seu apostolado sacerdotal da pregação da Palavra de Deus e dos atos de caridade. Visitava os enfermos nos centros hospitalares e nos domicílios particulares, procurando sempre levar-lhes, acima de tudo, a consolação da fé e a defesa contra as heresias arianas, que foram as primeiras que atacaram com força a Igreja.
Foi apenas simples sacerdote durante quatro anos, porque no ano de 340 foi eleito para ocupar a sede de Vercelli. O seu trabalho como bispo foi verdadeiramente exemplar: sabia muito bem que a missão principal do bispo é a de conservar sem mancha a fé herdada dos Apóstolos. Eram tempos difíceis aqueles que então corriam.
O Senhor para isso dotou-o de grande inteligência, de uma fé profunda e do dom de fazer milagres, já que são muitos e maravilhosos os que os seus biógrafos cantam que o Senhor, realizou por seu intermédio.
O Papa Libério nas Cartas em que o nomeia seu enviado especial para obter do Imperador Constâncio das Gálias o seu placet para celebrar o Concílio, faz dele estes elogios bem merecidos: «E para mim uma grande consolação, escrevia o Papa, ver neste tempo de deserções o espetáculo de fé invencível que vos une à Sé Apostólica... O Espírito Santo, espírito de dor, repousou sobre ti. Trata-se de manter a pureza da fé que os Apóstolos nos transmitiram.
Eusébio resistiu à heresia e por este motivo foi desterrado e sofreu barbaramente. Por isso, alguns o veneram como mártir. Santo Eusébio foi um grande impulsionador para que os sacerdotes de uma mesma paróquia vivessem em comum. Uma espécie de «Comunidade ou Seminário», diríamos hoje. Cheio de méritos, voltou do deserto e pouco depois voava para o céu. Era o dia 2 de Agosto do ano 371.
Oração a São Euzébio
São Euzébio de Vercelli, tu que nascestes com um profundo sentimento de religiosidade e que recebeste de tua mãe e tua irmã a santa fé e aprendeste a amar a Deus e a louva-Lo, e já com tenra idade fostes visto ajoelhado em frente a imagem da Virgem Maria e assim a tua alma imortal carrega os desejos do Senhor e apesar de tudo, tu conseguistes seguir teu coração e tua vocação. Contra todos os obstáculos e contradições tu lutastes e sofrestes para se tornar um bispo da santa Igreja e o fostes de forma perfeita e santa.
Teu espirito de fé suportou todas as batalhas e o grande santo que tu se tornastes sabe o que se passa comigo e conhece os desejos de minha alma.
Eu gostaria de servir a Deus ainda melhor, e dele tenho recebido muitas coisas boas e peço que consigas para mim mais coragem e especialmente mais fé.
Muitos dos meus pensamentos, palavras e ações não produzirão nenhum fruto para a minha salvação, porque o teu espírito não está aqui para me guiar e me proteger. Me ajude a conseguir tua proteção agora, no futuro e especialmente na hora da minha batalha final.
Santo Euzébio, eu tenho confiança na tua intercessão. Peça por mim junto ao Senhor para que eu consiga a graça de (........diga aqui a graça que necessita), e ainda me consiga a especial graça da salvação de minha alma. Tudo para a maior gloria de Deus. Assim seja.