No início da celebração, respondendo à saudação que lhe foi dirigida pelo pároco, o Pontífice improvisou as seguintes palavras.

 

 

Querida primeira sentinela estimada segunda sentinela caríssimas sentinelas!

 

 

Gosto daquilo que me disseste: que a periferia tem um sentido negativo, mas também um sentido positivo. Sabes por que motivo? Porque juntos se entende melhor a realidade não a partir do centro, mas das periferias. Entende-se melhor. Também aquilo que tu disseste: tornar-se sentinela, não?

 

 

Agradeço-vos este ofício, este trabalho de ser sentinelas. Agradeço também o acolhimento, neste dia de festa da Trindade. Aqui estão os sacerdotes que vós conheceis bem. Encontram-se também os dois secretários do Papa, do Papa que está no Vaticano, eh? Hoje aqui veio o Bispo. E estes dois trabalham bem. Mas um deles, Padre Alfred, hoje celebra o aniversário da sua ordenação sacerdotal: 29 anos. Um aplauso! Oremos por ele, e peçamos pelo menos mais 29 anos. É verdade? Assim comecemos a Missa, com espírito de piedade, em silêncio, rezando todos juntos por todos.

 

 

Sucessivamente, durante a celebração eucarística, o Santo Padre pronunciou a homilia, mantendo um diálogo com os meninos e as meninas da primeira Comunhão.

 

 

Amados irmãos e irmãs

 

 

Com as suas palavras, o Pároco fez-me recordar algo de bonito sobre Nossa Senhora. Quando Nossa Senhora, assim que recebeu o anúncio que seria mãe de Jesus, e também o anúncio de que a sua prima Isabel estava grávida — como se lê no Evangelho — partiu à pressa; não esperou. Não disse: «Mas agora eu estou grávida, e devo cuidar da minha saúde. A minha prima terá amigas que talvez a ajudem». Ela sentiu algo e «partiu à pressa». É bonito pensar isto de Nossa Senhora, da nossa Mãe que vai à pressa, porque sente algo dentro de si: ajudar. Vai para ajudar, e não para se gloriar e dizer à prima: «Escuta, agora sou eu que mando, porque sou a Mãe de Deus!». Não, não agiu deste modo. Partiu para ajudar! E Nossa Senhora é sempre assim. É a nossa Mãe, que vem sempre depressa quando nós precisamos dela. Seria bonito acrescentar às Ladainhas de Nossa Senhora uma que reze assim: «Senhora que vai depressa, ora por nós!». Isto é bonito, verdade? Porque Ela vai sempre à pressa, Ela não se esquece dos seus filhos. E quando os seus filhos se encontram em dificuldade, quando têm alguma necessidade e a invocam, Ela vem à pressa. E isto dá-nos uma segurança, a certeza de ter a Mãe ao lado, sempre ao nosso lado. Vamos, caminhamos melhor na vida quando temos a mão próxima de nós. Pensemos nesta graça de Nossa Senhora, nesta graça que Ela nos concede: de estar próxima de nós, mas sem nos fazer esperar. Sempre! Ela existe — tenhamos confiança nisto — para nos ajudar. Nossa Senhora caminha sempre à pressa por nós.

 

 

Nossa Senhora ajuda-nos também a compreender bem Deus, Jesus, a entender bem a vida de Jesus, a vida de Deus, a compreender bem o que é o Senhor, como é o Senhor, quem é Deus. A vós, crianças, pergunto: «Quem sabe quem é Deus?». Levanta a mão. Diz-me? Eis! Criador da Terra. E quantos Deuses existem? Um só? Mas disseram-me que existem três: o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Como se explica isto? Há um só ou existem três? Um? Um só? E como se explica que um é o Pai, o outro é o Filho e o terceiro é o Espírito Santo? Em voz alta! Em voz alta! Está bem aquela. São três num, três pessoas numa. E o que faz o Pai? O Pai é o Princípio, o Pai, Aquele que criou tudo, que nos criou a nós. O que faz o Filho? Que faz Jesus? Quem sabe dizer o que faz Jesus? Ama-nos? E depois? Traz a Palavra de Deus! Jesus vem ensinar-nos a Palavra de Deus. Muito bem! E depois? O que faz Jesus na terra? Salvou-nos! E Jesus veio para dar a sua vida por nós. O Pai cria o mundo; Jesus salva-nos. E o que faz o Espírito Santo? Ama-nos! Transmite-nos o amor! Todas as crianças juntas: o Pai cria todos, cria o mundo; Jesus salva-nos; e o Espírito Santo? Ama-nos! E é esta é a vida cristã: falar com o Pai, falar com o Filho e falar com o Espírito Santo. Jesus salvou-nos, mas também caminha connosco na vida. Isto é verdade? E como caminha? O que faz quando caminha connosco na vida? Esta é difícil. Quem responder vence o dérbi! O que faz Jesus quando caminha connosco? Em voz alta! Primeiro: ajuda-nos. Guia-nos! Muito bem! Caminha connosco, ajuda-nos, guia-nos e ensina-nos a ir em frente. E Jesus também nos dá a força para caminhar. É verdade? Ampara-nos nas dificuldades, verdade? E também nos deveres escolares! Ampara-nos, ajuda-nos e guia-nos. Eis! Jesus caminha sempre connosco. Está bem. Mas vê, é Jesus quem nos dá força. Como nos dá Jesus a força? Vós sabeis como Ele nos dá força! Em voz alta, não ouço! Dá-nos força na Comunhão, ajuda-nos precisamente com a força. Ele vem ao nosso encontro. Mas quando vós dizeis «dá-nos a Comunhão», um pedaço de pão dá tanta força? Aquilo não é pão? É pão? Isto é pão, mas aquele no altar é pão ou não é? Parece pão! Não é exactamente pão. O que é? É o Corpo de Jesus. Jesus vem ao nosso coração. Eis, pensemos nisto, todos nós: o Pai concedeu-nos a vida; Jesus deu-nos a salvação, acompanha-nos, guia-nos, ampara-nos e ensina-nos; e o Espírito Santo? O que nos dá o Espírito Santo? Ama-nos! Dá-nos o amor. Pensemos em Deus assim e peçamos a Nossa Senhora, a Nossa Senhora nossa Mãe, sempre apressada para nos ajudar, que nos ensine a compreender bem como é Deus: como é o Pai, como é o Filho e como é o Espírito Santo. Assim seja!

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